Hoje não me apetece escrever. Estou muito mais numa de leitura.
Quando assim é, regresso àqueles que tanto admiro, neste mundo infindável de vozes silenciosas, expressas em palavras escritas.
Fui buscar, ali à minha prateleira, Mário de Sá Carneiro...gosto de o ler, quando algumas nuvens cinzentas encobrem o meu sorriso. O mais curioso é que, de repente, quem olhava para mim, pedindo um pouco de atenção, era mesmo esse extraordinário inventor de palavras feitas actos, feitas cenas!
William Shakespeare. De um dramaturgo incomparável, ficam algumas palavras sábias "Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião." e "O resto é silêncio!".
Na junção das duas, fecho hoje o meu pano.
2 comentários:
Olá! Tudo bem? Vim visitar-te. Desculpa, mas não te trouxe flores... Toma, lê o poema que roubei para ti.
Sementes
Olhos,
vale tê-los
se, de quando em quando,
somos cegos
e o que vemos
não é o que olhamos
mas o que o olhar semeia no mais denso escuro.
Vida
vale vivê-la
se, de quando em quando,
morremos
e o que vivemos
não é o que a vida nos dá
nem o que dela colhemos
mas o que semeamos em pleno deserto.
Mia Couto
Já que o blogue não versa a poesia...ela, magnífica, que apareça disfarçada de comentários. Para te agradecer, deixo~te um resto de Torga...
Mas todo o semeador
Semeia contra o presente.
Semeia como vidente
A seara do futuro,
sem saber se o chão é duro
E lhe recebe a semente.
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