Algures por aqui, hoje
Queridos amigos,
Nem sei bem como começar esta carta. Olhando para o meu palco, na tentativa de o fazer objectivamente, reconheço, de repente, que não posso passar ao lado de umas breves palavras à minha plateia.
Tenho consciência de que quem chegar aqui, sem adquirir bilhete, não vai certamente compreender algumas das críticas, feitas comentários.
O panegírico à Encenadora parece forçado. Eu mesma chego a pensar que não é de mim que falam, quando escrevem aquelas palavras... Mas é! Por isso, obrigada.
Em consciência, sei que não pedi os vossos pedaços de ternura... contudo, eles pululam neste palco, na minha caixa de correio, pessoalmente. Enfim, sinto-me...sinto-me...sinto-me sem palavras.
Que ironia! Uma mulher feita de palavras, queda-se na mudez do agradecimento.
Apetecia-me agradecer cada palavra, uma a uma. Ficam bem no meu palco, embelezam-no.
Mereço tanto? Não sei...
O calor projectado pelo vosso olhar, neste meu humilde, (porque EU), palco, aquece a minha alma. Por isso, obrigada.
Algures por aqui, surgiu uma frase que me marcou "Porque não tive o privilégio de ter uma Professora como tu..."! Resposta simples: o privilégio é meu, por me deixarem fazer parte da vossa existência.
Vai longa a missiva. E nada disse. Por isso, obrigada.
Com todo o AMOR que vos tenho
(porque não tenho medo do sentimento, nem vergonha de usar a palavra)
A Encenadora de mim.
2 comentários:
Abri e fechei "Teatrices" como se faz ao pano que nos separa...nos papeis do teu palco.
Abri e corri para ti, na ansiedade que tu me visses entre os teus 113 espectadores.
Fechei. E corri para ti. Porque também eu não tenho medo do sentimento. Nem vergonha de usar a palavra.
Gosto de ti. E fazes-me falta.
lu
Voltei...pois encontrei 1138 espectadores.
Afinal, acho que é de amor que falo.
lu
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