(Quinta dos Lilases - Lisboa - foto de GMV)
A representação que antecede a estreia tem a sua importância. Procuram-se os primeiros comentários, verbalizam-se as primeiras críticas. A plateia diz-se entendida, conhecedora das cenas e dos actos. A sala enche. Afinal, quem vem foi escolhido pelas provas dadas no assunto. O espectáculo pode terminar nesse dia, ou seguir o seu natural percurso rumo ao sucesso. Depende da boa vontade, da disposição do público.
Serve o intróito para antecipar essa temporada que se diz lectiva. O sucesso de mais um ano, vai estar subordinado a esse momento de "antestreia". O público docente chegará ao teatro escolar desconfiado. Resultado de um espectáculo anterior que somou fracassos atrás de fracassos. Mostrar-se-á magoado também, pela surdez às críticas tão bem redigidas e tornadas verbais, ao longo de todo um ano. No fundo, o conhecimento deste público não encontrou qualquer eco nessa encenadora prepotente, disfarçada de anjo condescendente perante as câmaras da comunicação social.
As aulas vão começar. Num cenário que não mudou, salvar-se-ão os Aprendizes de Actor, no papel de alunos, a quem os professores, como eu, desejarão ensinar.
2 comentários:
E eu, sem habilidade para as artes da representação, já preparo a minha actuação. Uma personagem desenhada por uma encenadora prepotente. Mas não vou ser fingimento de papel para os "Aprendizes de Actor". É que eles também não são! Vou fazer monólogos. Apartes. E didascálias que terei que executar. E se a arte ajudar, sempre com muitos silêncios.
Bjos
E é já amanhã que tudo recomeça. Sem mudanças.
Bjos e bom domingo.
PJB
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