Se o Mundo é um palco, tudo o que dizemos e pensamos são TEATRICES...
Um intervalo [pela poesia]
[Luís]
Encriptou as estrelas no olhar, numa noite fria, sem tempo. Esperou, calmamente, que as sílabas colhessem a poesia do orvalho... e escreveu-se na rouquidão do vento.
Que bom que voltou, Graça. Eu também me afastei um pouquinho, e, quando ia voltar, tive um acidente bobo - bobo o bastante para me quebrar um osso do tornozelo. E estou cá parado em casa com a perna engessada. Que o pessimisto não nos engula. Vamos colher braçadas de estrelas, com o orvalho brilhando de tanta poesia. Um beijo.
Graça Minha amiga que bom poder estar aqui...respiro alegria...
para a semana o livro está comigo e segue para tua casa. Eu acho que está bonita a capa. Também é importante..
E como dizes, acreditar em poesia é uma etapa complicada ... o livro só irá para as livrarias depois do Natal e comprometi-me com a Editora em fazer a divulgação e a venda ...estou a tentar cumprir...
Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).
O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade é amor, só isto. Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito. Mas amar e desejar não é a mesma coisa. O amor é o desejo que atingiu a sabedoria. O amor não quer possuir. O amor quer somente amar.
Voltas, sem nada dizer, com pezinhos le lã e em pontas. Que raio de teatrice é esta que nem permite que envies um queijinho aos amigos?...
O que tu me saíste foi uma ganda ponta. De palco. Kunkaneko, como dizem os meus netos, e eu a crer (e querer) que eras bué da fixe. Dezinluzões éoké.
Prontos, sem s, como me sinto ostracizado, (de ostra??? ou de percebes, percebes???), ainda que pense que deveria ter sido, isso sim, acolhido e avisado, nesta noite vou dormir descalço.
Enfim, tal como conto na Travessa - ainda sabes o que é e onde fica? - estórias da História. Ou da minha história, quando autorizado a fumar diante dos progenitores; mas isso são outros quinhentos mil réis.
Não digas nada ao patrão do Sindicato, si us plau e qjs
Graça, Com alegria percebo que o palco ilumina-se novamente, as cortinas se abrem e novas apresentações se fazem presentes. Que o palco das suas palavras jamais se esvazie novamente, e nós, platéia ávida destes momentos maravilhosos, certamente lotaremos as poltronas, galerias, camarotes e frisas para prestigiá-la. Beijo, amiga!
Querida Graça, desculpa, ontem brinquei contigo no comentário que fiz, depois arrependi-me, porque eu sei para ti a poesia é demasiado importante para brincar! E depois eu não esqueço, que antes de te conhecer nunca tinha feito um poema na minha vida e foste tu que me incentivaste a escrever, assim, hoje vou inserir aqui o meu último poema, em homenagem a ti, minha mestra, contigo aprendi poesia...
A CABANA!
Desci do alto da serra, Quando subir mais não podia, Desabei nesta agonia, Vivo atolado na terra.
Deixei o telhado do céu, A cabana em que te tinha, A paixão em que eras minha, Desço ao mundo cor de breu.
Sou rocha, pedra de xisto, Memorial onde registo, Os teus lábios de carmim…
Em eterno desencontro, Apenas em ti me encontro, Quando me perco de mim.
“Devemos ouvir pelo menos uma pequena canção todos os dias, ler um bom poema, ver uma pintura de qualidade e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.”Goethe
A POESIA
"Do fundo da inconsciência da alma sobriamente louca tirei poesia e ciência, e não pouca. Maravilha do inconsciente! Em sonho, sonhos criei. E o mundo atónito sente Como é belo o que lhe dei."
Fernando Pessoa
A PINTURA
Almada Negreiros
Almas Submersas... - Teresa Ribeiro
Carlo Rochas
Os meus pequenos actores
Antes de Começar
Um novo princípio
No País dos Diminutivos
Um Sonho de Mestre Gil
Será uma peça?
Peças que eu gosto
"A man may walk with a lamp at night, and yet be drowned in a ditch." T.S. Eliot, Murder in the Cathedral
.
"In the meantime let us try and converse calmly, since we are incapable of keeping silent." Samuel Beckett, Waiting for Godot
.
"Os homens que pensam cansam-se de tudo, porque tudo muda. Os homens que passam provam-no, porque mudam com tudo... De eterno e belo há apenas o sonho..." Fernando Pessoa,O Marinheiro
"As ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade." William Shakespeare
Do palco real
"Dai-me outro Verão nem que seja"
O traço de um amargo perfume...
Esse que guarda no peito
Um aconchego,
Gravado no sangue,
Seco de mágoas.
Dai-me outro Outono incerto,
Uma guerra entre arenas,
Um rugido na escuridão,
Um mar de constantes penas.
Dai-me outro Inverno nem que seja
Fugaz numa onda agitada,
Um veneno de promessa quebrada,
No mergulho profundo que o coração deseja.
Não! Dai-me antes a Primavera,
Onde quero voltar a entrar,
No florir de uma nova era,
Glorificando as portas do teu olhar!
[9º E - poema colectivo, feito em aula, a partir do primeiro verso de Eugénio de Andrade]
Do Palco Real
Chegavas - desconhecida para mim. Tuas asas estenderam os seus mantos, aclareados por palavras mansas. Os teus olhos lampejavam, bem pontuados, reluzindo o caminho no meio da inerte escuridão. Apagaste-me o inconsciente temporário, em que apenas tu ensinavas!
Bailavas com metáforas, voavas com poetas, chilreavas letras... Caçaste a minha mente, puseste o teu ninho sábio. Choquei! - De novo dominaste o ar e partiste, para viver dentro de mim.
[poema oferecido à "Encenadora" por uma lindinha, na hora da despedida]
21 comentários:
E que seja de bela poesia esse intervalo e o teu fim de semana, Graça.
Beijinhos
Branca
Que bom que voltou, Graça.
Eu também me afastei um pouquinho, e, quando ia voltar, tive um acidente bobo - bobo o bastante para me quebrar um osso do tornozelo. E estou cá parado em casa com a perna engessada.
Que o pessimisto não nos engula.
Vamos colher braçadas de estrelas, com o orvalho brilhando de tanta poesia.
Um beijo.
Graça
Minha amiga
que bom poder estar aqui...respiro alegria...
para a semana o livro está comigo e segue para tua casa.
Eu acho que está bonita a capa. Também é importante..
E como dizes, acreditar em poesia é uma etapa complicada ... o livro só irá para as livrarias depois do Natal e comprometi-me com a Editora em fazer a divulgação e a venda ...estou a tentar cumprir...
Para ti um beijo GRANDE...
E venho deixar um fraternal abraço, amiga das letras sublimes!
Beijos, e obrigado pela visita.
Se a poesia é o nosso alimento todos os intervalos como este são bem vindos. Espero a chegada do vento...
Beijo, Graça.
Belo, Graça*
Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).
O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.
Do Amor - Hermann Hesse
Tenha um Bom Fim de Semana.
Beijos
Renata
.
. a poesia é sempre de asa, não fosse a.penas e só o dizer do coração .
.
. o teu beijo, o teu fim.de.semana .
.
. paulo .
.
Gracinhamiga
Voltas, sem nada dizer, com pezinhos le lã e em pontas. Que raio de teatrice é esta que nem permite que envies um queijinho aos amigos?...
O que tu me saíste foi uma ganda ponta. De palco. Kunkaneko, como dizem os meus netos, e eu a crer (e querer) que eras bué da fixe. Dezinluzões éoké.
Prontos, sem s, como me sinto ostracizado, (de ostra??? ou de percebes, percebes???), ainda que pense que deveria ter sido, isso sim, acolhido e avisado, nesta noite vou dormir descalço.
Enfim, tal como conto na Travessa - ainda sabes o que é e onde fica? - estórias da História. Ou da minha história, quando autorizado a fumar diante dos progenitores; mas isso são outros quinhentos mil réis.
Não digas nada ao patrão do Sindicato, si us plau e qjs
Apesar de tudo, o Vento tudo espalha....e em lugares remotos encontrará quem o escute...
Lindo....
Beijos e abraços
Marta
Um pequeno intervalo faz sempre bem. Desde que a Graça não o prolongue no tempo.
Boa semana
Nada mais posso dizer-te, Graça, senão que me fascinam as tuas palavras...
Como me encantou a imagem superposta! Sem falar na poesia que atravessa todo o texto e as imagens visíveis e as que ~estao no subjacente...
Beijo, Graça!
Graça,
Com alegria percebo que o palco ilumina-se novamente, as cortinas se abrem e novas apresentações se fazem presentes.
Que o palco das suas palavras jamais se esvazie novamente, e nós, platéia ávida destes momentos maravilhosos, certamente lotaremos as poltronas, galerias, camarotes e frisas para prestigiá-la.
Beijo, amiga!
A encontrei em Vozes da Minha Alma
e vim até à noite fria
com estrelas
a brilhar no meu olhar
e oferecer a minha poesia.
Gostei do simbolismo do que escreve.
Maria Luísa
(***!!!...???***) É o código das estrelas!
Beijo, querida Graça.
Carlos
Belas palavras, querida Graça. Gostei, apesar de pouquinhas... mas boas...
Beijos.
Querida Graça, desculpa, ontem brinquei contigo no comentário que fiz, depois arrependi-me, porque eu sei para ti a poesia é demasiado importante para brincar! E depois eu não esqueço, que antes de te conhecer nunca tinha feito um poema na minha vida e foste tu que me incentivaste a escrever, assim, hoje vou inserir aqui o meu último poema, em homenagem a ti, minha mestra, contigo aprendi poesia...
A CABANA!
Desci do alto da serra,
Quando subir mais não podia,
Desabei nesta agonia,
Vivo atolado na terra.
Deixei o telhado do céu,
A cabana em que te tinha,
A paixão em que eras minha,
Desço ao mundo cor de breu.
Sou rocha, pedra de xisto,
Memorial onde registo,
Os teus lábios de carmim…
Em eterno desencontro,
Apenas em ti me encontro,
Quando me perco de mim.
Carlos Manuel Fernandes Gonçalves
Quinta do Anjo, 14 de Novembro de 2010
Beijo, querida Graça... e desculpa, sim!
Gosto de todos os intervalos que tragam dizeres tão belos quanto estes.
Um beijo
Na rouquidão do vento onde as palavras se acolhem, como prender o seu aroma?
Beijos, Graça!
AL
A Poesia vale todos os intervalos que lhe possamos dedicar...
A poesia é imortal de fato. Após tanto tempo, tantos poetas a tentando assassinar... E ela aí, viva e plena diante dos nossos olhos!
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