Lembrei-me que, um dia, gostaria de subir contigo aquela serra que reconhece, há anos, o som dos meus passos. Levar-te-ia
desde a frondosidade das gigantescas árvores por caminhos secretos e
íngremes... até à aridez dos penedos cinzentos, bem lá no cume.
Mostrar-te-ia,
então, esse curso de água digno e majestoso, que serpenteia quase a
beijar o mar... e, bem no meio, na equidistância das margens sombrias,
na sua singeleza natural, verias a verdadeira Ilha dos Amores.
Porque,
quando estou a um palmo do céu, o meu pensamento é veloz como um
cervo... nas minhas veias corre a água desse rio... e o meu coração tem a
forma simplíssima duma ilha perdida na Natureza.
Gostaria... [para amainar a saudade.]
[lembrei-me agora, ao fim de quase dez anos, que já aconteceu]
[lembrei-me agora, ao fim de quase dez anos, que já aconteceu]
3 comentários:
As lembranças são assim mesmo, aparecem apenas muitos anos depois. Vá-se lá saber por que razão isso acontece...
O rio Minho sem a ilha dos amores não seria o mesmo... Belíssimo texto, srª professora, gostei imenso.
Querida amiga Graça, tem um bom fim de semana.
Beijo.
E sentimo-nos …invencíveis....
Há quanto tempo!
Espero que esteja bem...
Beijos e abraços
Marta
Olá Graça! !!!
Por vezes sentimos necessidade de viajar na brisa, na fugitiva liberdade doa nossos sonhos!
Gostei de te ver aqui!
Um abraço.
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