[Luís]
Sei de um lugar onde silfos irrequietos cantam desventuras passadas. Onde o musgo esconde passos magoados por uma uma dança interrompida. Onde as nuvens clementes resguardam o pranto, por entre sorrisos alados. Sei de um lugar onde, na quietude das pedras, fervem desafios permanentes, que se demoram na escalada dos dias. Onde o bramido da serra promete disparos de verdade, arremessados pelo cristalino olhar. Sei de um lugar onde se acendem palavras de harmonia, simbolicamente esgotadas, na tempestade que se inventa em intervalos de nada.
Sei desse lugar, tão perto, tão dentro de mim.