[Luís]
Por este dias, no palco maior da Língua Portuguesa, caminhamos nessa estrada sinuosa que é o estudo d' Os Lusíadas.
Há muitos anos que os alunos chegam ao 9º ano cheios de preconceitos em relação à obra de Camões. Que é difícil, que é uma "seca", que não se percebe nada... numa palavra, chegam aterrorizados. Sorrio sempre, com estas iniciais manifestações de resistência, baseadas no famoso gosto português do "ouvi dizer".
Confesso que Camões não é o meu Poeta... no entanto, dá-me uma satisfação imensa estudar a epopeia com os meus lindinhos e provar-lhes que as ideias formadas por antecipação podem, rapidamente, esfumar-se no gosto de ter uma opinião própria, fundamentada no conhecimento.
Desde que sou professora que decidi que nunca poderia abordar semelhante obra da forma como me tinha sido apresentada, enquanto aluna. Detestei-a. Escandir versos, dividir orações, memorizar figuras de estilo descontextualizadas e saltar os episódios mais interessantes, não foram, decerto os objectivos do Poeta ao criar o poema épico.
Iniciámos, então, esta caminhada, partindo de uma proposta de leitura simples: demonstrar "o intuito de dignificar o homem na sua real grandeza, que resulta da sua vitória permanente sobre a sua congénita fraqueza". Vencer os medos, enfim... Sei que não é simples, de qualquer forma, fazê-lo perante alunos que, cada vez mais, desconhecem a sua História, a sua Língua... pouco sabem de geografia, de religiões, de política, de humanismo, de valores...
Serve-me, assim, a narrativa camoniana para ir preenchendo, aos poucos, algumas lacunas culturais dos meus meninos. A reacção é sempre boa, discutem, argumentam, falam, duvidam, perguntam... e gostam!
Ora, numa destas aulas, clarificávamos a forma como Camões defende a Pátria, apesar da consciência, inquieta e amarga, de que o seu tempo já não é um tempo de grandeza [nunca mais foi, mas isso é outra história]. Rapidamente, um dos meus lindinhos trouxe para a discussão o Amor... justificação fácil, de tantas coisas complicadas. Um outro resolveu acrescentar à conversa o "orgulho" de ser português. Foi aí que a aula enveredou por outros caminhos. Autênticos atalhos, que fazem a beleza da caminhada, e que nenhum Programa, nenhum Ministro, nenhum Governo pode prever [nem desvalorizar].
A turma em causa é constituída também por alguns alunos oriundos de países que não têm o Português como Língua Materna. A minha lindinha ucraniana ouvia tudo como muita atenção, escrevia algumas coisas, e, quando surgiu a palavra "orgulho", colocou o braço no ar. A dúvida, num sorriso: "Professora, eu não sei o que é orgulho.". "Sabe, sim." respondi "Mas os seus colegas vão explicar-lhe." E foi assim que, gota a gota, pelas explicações dos meus alunos, o sorriso da minha menina transbordou, como um lago cristalino de certeza: "Já compreendi, Professora. Tenho orgulho em ser ucraniana."
Os Lusíadas são uma obra difícil? Talvez... contudo, receber um sorriso, porque se compreende, é tão fácil!
52 comentários:
Amei de novo e de novo******************************************************************
O SORRISO DELE ME ENCANTA
O sorriso dele me encanta.
Como me encanta a forma como ele me olha, a carinha de inocente quando faz coisa errada, ou o jeito de perdido quando não sabe alguma coisa...
E os olhos? Que brilho é aquele? Eu poderia ficar olhando durante horas e não me cansaria.
Tem o abraço mais gostoso que já senti. Dentro daquele abraço me sinto protegida, querida e feliz. E a cada abraço é como se o mundo parasse e eu pudesse ficar ali aquele instante aproveitando tudo aquilo sem ter que se separar novamente.
Sinto tanta saudade, o peito aperta de saudade.
Sou muito feliz por ter um amor que me faz suspirar todos os dias, que me faz rir sozinha, que tira meu folêgo
Tão divertido, tão inteligente, tão lindo.
Perdidamente apaixonada pelo meu ursinho de pelúcia****************
By Renata eu e daí?
Beijos mil**************************
Teadoro**********************
Rê
Parabéns professora! Estou certa que os seus alunos hoje encaram a literatura/poesia de uma outra forma
Beijinhos
bom fim de semana
Carmo
Gostei do texto, da forma como tentas abordar essa obra complexa chamada Os Lusíadas...
É questionar, descobrir os porquês que enriquecem o estudo...
Beijos e abraços
Marta
Ola Gra;a
Venho deixar um beijinho e desejar um bom fim semana.
Querida Graça,
Retirar ao professor a liberdade de ensinar segundo os seus métodos e conceitos, é não só coartar a capacidade do prof. para o exercicio da sua profissão, como, ainda mais grave, agir na via mais directa do obscurantismo, tentando impedir que os alunos participem com as suas próprias ideias, incluindo o direito de questionar os factos tal como são oficialmente apresentados! O orgulho de ser... é algo que não se aprende. Está no ADN. Porém orgulhando-me da minha nacionalidade, não posso orgulhar-me com grande parte daquilo a que se convencionou serem os "Gloriosos Feitos"
Uiii... desculpa ter ocupado tanto espaço. Acabei por não dizer aquilo que queria!
Por falar em orgulho graça, orgulha-te de seres como és!!!
Beijos... e um fim de semana mais quentinho!!!
AL
Olá, Graça!
Os Lusíadas, ao contrário do que se possa imaginar, é uma obra cativante, que explicada aos alunos com perspicácia e paciência, será um prazer ler.
"Amor é fogo que arde sem se ver"
Luis Vaz de Camões
Beijinhos e bom fim de semana
Gil
...eu penso que não foi você
quem escolheu o magistério,
e sim fostes escolhida por ele.
beijo imenso, querida linda!
Maravilçhosa experiência, Graça.
Também no Brasil, infelizmente, é comum os programas oficiais de literatura fazerem mais por desestimular do que por aumentar o interesse dos alunos na leitura.
Muitas vezes me pergunto se não é intencional, uma vez que pessoas que lêem e discutem, como você fez com seus alunos, adquirem uma consciência crítica...
Beijos!
O orgulho no Império que Camões nos canta, passou, e não deixou saudades, releve-se, todavia, a sua obra.
Orgulho, tenho nos meus pais e nas minhas origens.
Obrigado pela tua aula, professora, também, sinto orgulho no sentir da tua amizade.
Um beijo doce, em ti, com orgulho!
Carlos
Que pena , ainda haver esse receio de "Os Lusíadas"...isso ainda é consequência do péssimo tratamento que a didatura lhe deu e que nos reduziu a pegar nessa obra maior , não para lhe admirar a beleza , mas sim para lhe dividir orações e estudar gramática!!!
Um bom domingo, linda
confesso que pouco sei
roubei um beijo á lua
e nesta paixâo tua
encantado aqui fiquei
teu aluno com saudades!!!!
beijos!!!
ººº
Já o li há tanto tempo... não o leria de novo (não me perguntes pq)
BjOO
para atingir um objectivo não tempos de caminhar sempre pelo mesmo trilho, por vezes usar um atalho revela-se mais promissor que seguir pela estrada principal.
Graça
Venho desejar uma boa semana.
E deixar um beijinho
Os Lusíadas, pelo pouco que aprendi, servem para falar de muitos assuntos para além da literatura.
E, pelo que percebi, aproveitaste alguns. E o orgulho, que tanto escasseia, é sempre bom falar nele...
Mas eu adorava dividir aqueles versos em orações... acho que tenho algo da camoniano nalguns poemas que escrevi... mas isso, saberás tu muito melhor... que eu, de analista poético, valho zero...
Querida Graça, desejo-te uma óptima semana.
Um beijo.
A piada d' Os Lusíadas é mesmo poder transpor para a actualidade alguns temas, alguns valores, e aposto que fazes isso como ninguém :). A tua lindinha percebeu e sorriu, e tu deves ter sorrido também, lindamente, porque és linda.
Um beijo magnífico, minha querida.
O teu Paulo.
Maravilhoso! Daquele jeito um tanto gótico de que eu gosto tanto. Bravo!
Para Graça*
*TRISTÃO & ISOLDA
Noite
-E tenda após tenda
- Como poderia ela saber que debaixo de cada uma
a morte e um sonho eternamente unidos
como na água, a sombra e a luz,
e que entre os dois a fé opera o milagre?
Estava para nascer a verdade para nós gravada na parede etrusca
a espiral de treva soldada anel por anel.
A queda vertical pelo buraco do tecido,
imperador ou rei, dormido ou gasto.
Quem viu, quem atentou para a luz
(mesmo o anjo escureceu)
perfurada até o sonho?
"In hoc signo vinces."
Mas nela mesma só o temor crescente
entre as tendas afogadas em sono
por um, um ainda desconhecido,
ela tem de guardar o corpo chagado e sangrado
para além de qualquer cura possível.
Mas quando ela se viu só, lá dentro, com ele, e sozinha,
com o último, o intransponível abismo entre eles passado.
De joelhos, ela foi só boca pôr sobre a boca dele,
sede abrandada e saciada para além de todo o medo,
de toda reza, e do próprio desejo.
Oh, qual era então a medonha profundeza,
a altura dessa fatalidade, contra o ser dela
derramado até a plenitude para além do tempo e da tumba
- gastando e gasto -
até que ele foi arrancado contra a luz
sem ver cegado pela morte ainda indo de sombra em sombra,
mas nascido de novo na escuridão do ventre dela.
Tempestade ao amanhecer.
- Tumultuosas são as ondas e tumultuoso o trovão
Pois que o sejam no seu entrechoque.
Quanto a mim, no dia do conflito, eu sou Tristão.
A calmaria
-Vento sul, Frescas rosas, Buquês.
A grinalda cinge Sua dourada cabeça.
Boca beijada, Vermelha.
Na direção das medas de trigo,
Seus pés a levaram,
Ligeiros.
Vai atrás correndo.
Andorinha, andorinha,
O que buscas, o que achas?
Aridez apenas.
E as folhas secas
O vento carrega
De arrastão.
Tumultuoso entardecer
-Vento norte, Armaduras.
Sacia a sede e mata.
Sem cavaleiro as montarias
Se extraviam.
A cólera dos homens
Alimenta os corvos.
Rei coroado, bobo da corte,
Cova comum.
Oh corvo, corvo,
O que buscas, o que achas?
Escura sega
- A erva que a aragem sopra
Curva-se ao vento.
Divida de alma
- E das mãos dela bebi, Deus meu, A aurora...Sol poente
- Ó cabeleira em chamas
Premiada contra meus olhos
Presa nas minhas mãos.
Noite escura
Alvo corpo, e Puro,
Esmagado além da vista
E dos sentidos
Até que, Nua e cegante, A luz Inundou a colina.
Ah, Deus, a aurora.
Agora, na onda sombria
A lívida, O barco gelado voga
- Com um pálido brilho
De empréstimo.
A lua puxa as marés para o alto
Esvazia as mãos.
O coração está entorpecido
E ouve apenas
Um nome que o mar
Respira
Ah, Deus, na aurora*
Tristão e Isolda - Hannah Closs
Readaptado pela Renata
Beijosss
Bom Hoje!
Rê
Ponha este comentário no post acima, please, minha querida!
Graça,
ùltimamente tenho sido a última a chegar, a fechar a porta, não por esquecimento, já passei, já olhei, mas só agora pude aprofundar.
Tenho andado um pouco limitada, já não aguento madrugadas e estou a recuperar de um cansaço grande, a medicação para tal também não me deixa aguentar muito.
Hoje esforcei-me mais um bocadinho para assistir a este orgulho de ser...
Este ensaio fez-me lembrar a minha aprendizagem dos Lusíadas, um pouco como a tua, mas não desgostei tanto assim, porque tive um professor que embora exigente nesses aspectos aproveitou a epopeia para desmistificar a História, que na altura era por demais romenceada e monótona, sem conhecimentos de causas e efeitos e dessa forma as aulas tornavam-se em algumas ocasiões divertidas.
Foi bom saber como consegues com os teus lindinhos uma prespectiva tão interessante da matéria.
Beijinhos
Fica bem.
Branca
Adorei o Breve ensaio ardente.
Não comento, porque não mostraste essa vontade não abrindo os comentários, mas não posso deixar de dizer que é um belíssimo momento literário e não só...
Beijinhos, Graça.
Que hermoso siempre pasar por tu espacio.. descubrirlo.. es extraordinario lo que escribes.
Un beso.
Un abrazo
Saludos fraternos..
É mesmo Graça, um simples sorriso faz o mundo girar.
E sobre o ensaio ardente, costumo quedar-me à noite, à lareira, quando já todos se foram deitar e a casa fica em sossego. Não imagina as vezes que já vislumbrei corpos enlaçados consumindo-se em amor entre as chamas.
Hoje deixei um desafio que me pareceu engraçado no meu blog. Não sou muito dessas coisas, mas veio a propósito. Como não está a seguir o meu blog tenho receio que não o veja e gostava de a ouvir falar sobre o que proponho porque gosto muito de vir aqui a este espaço.
Um grande beijinho, Maria Emília
Alguns chamam a isso "taradice"
Eu chamo AMOR
Amor intenso, explosivo e exckusivo
Beijo ardente para ti
estremeci...não sei que guardei, ou perdi!?
as chamas de ontem, hoje poderão ser cinza, mas pergunto-me...será que vida não é isso mesmo?
importante é o tempo em que o sorriso é cristalino e rei, porque ao ler-te, não perdi, mas ganhei!!!
beijo esvoaçando pleno, para ti...imensamente terno...
Breve ensaio aredente está totalmente condizente com a foto e concretizam um post muito bem conseguido.
Só não percebo porque tive que comentar aqui...
Um grande abraço
Nada é definitivo mesmo! Amei e amo******************************
Para a Graça, inesquecível e inigualácea pessoa!
*VIA-LÁCTEA
Quando adivinha que vou vê-la, e à escada
Ouve-me a voz e o meu andar conhece,
Fica pálida, assusta-se, estremece,
E não sei por que foge envergonhada.
Volta depois. À porta, alvoroçada,
Sorrindo, em fogo as faces, aparece:
E talvez entendendo a muda prece
De meus olhos, adianta-se apressada.
Corre, delira, multiplica os passos;
E o chão, sob os seus passos murmurando,
Segue-a de um hino, de rumor de festa…
E ah! que desejo de a tomar nos braços,
O movimento rápido sustando
Das duas asas que a paixão lhe empresta.
Olavo Bilac - XXXIV*
Teadoro!
Aquele abraço + Beijos*************************
Bom hoje sempre!
Renata
Minha amiga,,,como são bons e inspiradores esse dias cinzas....beijos de um belo dia pra ti.
Querida amiga
Nesta nobre arte do Teatro, está a essência de cada ser humano, em cada personagem que nele é representado.
Beijinhos
Gil
Olá querida Graça, é isso mesmo nada é eterno. Eu cresci a ouvir essa frase. Quanto ao ensaio ardente eu diria que é um ensaio de amor, ardente, com orgulho e muito bem ensaiado. És única amiga. Esses alunos nem sabem(ou até saibam) a sorte que têm em ter alguém que se dedica a eles de alma e coração. Obrigada pela visita e por seres quem és. Beijos muitos também para os lindinhos
*O SORRISO
Creio que foi o sorriso quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz lá dentro,
apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
Eugénio de Andrade*
Beijos e aquele Sorriso********
Renata
Graça querida!
Que lindas coisas escreves
Ainda gostava de ver os teu lindinhos no palco...qualquer palco!
Bgda por te preocupares comigo
a peça é dificil de encontrar...só na RTP se calhar!
Bom, vá se faz favor no meu blog e leia como deve votar no meu filhotito, ok?
Rsrs
besito doce gracita linda
se a vida é uma sequencia interminável de surpresas, porque não estarmos prontos para a próxima esquina?
meu carinho,
anderson fabiano
Pra vc que me sabe tão bem!
*Sabe tão bem...
Quando o silêncio da noite vem a cair
Haver nos olhos o brilho da felicidade
Haver alguém a nosso lado para amar.
Sabe tão bem...
Fazer Amor e aninhado ficar a sonhar
Que voamos sobre as luzes da cidade
Tendo o céu para desvendar e colorir.
Sabe tão bem...
Puxar os lençóis para sentir outro calor
Mover o corpo no sentido de encontrar
O apelo do desejo que o sono engana.
Sabe tão bem...
Deixar correr o pensamento que emana
E nesse momento saber onde procurar
Tudo o que é preciso para viver o Amor.
Sabe tão bem...
Adormecer com uma esperança já definida
No sorriso que em nossa boca aflora o dia
Ciente que o amanhã virá com a verdade.
Sabe tão bem...
Por fim haver a força que faz da realidade
Uma passagem para ir feliz na companhia
De tudo o que sabe tão bem em nossa vida.
F. Corte Real*
Beijos Graça. Eu amo você !
Mesmo moidinha, cá venho*
Renata
Gostei muito de ler este teu texto e de ler os outros que apresentas... Qualidade inequívoca.
Estás de parabéns
Um beijinho
Luis
Ola Gra;a
Venho deixar um beijinho.
E desejar um bom fim de semana.
Olá amiga Graça, passei para desejar um fim de semana com ensaios reduzidos. Beijos
Querida Graça
Passei aqui, para te desejar um excelente fim de semana!
Beijinhos
Gil
querida Graça
obrigado pelo teu carinho
estás sempre no meu coraçâo
beijos !! !!
Graça,
Depois de ter passado por todos os teus belos ensaios, volto a esta caixa de comentários para te deixar um beijo de amizade.
Branca
Do teu "Ensaio sobre o Teatrices...":
Percebo as tuas razões.
Já me apeteceu fazer o mesmo. Mas vou conseguindo conciliar o quase inconciliável...
Quando comecei a ler até pensei que ias começar a publicar o que deves ter na gaveta...
Querida Graça, tudo de bom para ti.
Aparece quando puderes e/ou te der a saudade.
Eu espero...
Um beijo.
AMOR BANDIDO
Edu Lobo/Chico Buarque
Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim
Mesmo que você feche os ouvidos
E as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego
Com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
Me leve até o fim
Me leve até o fim
Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons
Título original: Choro Bandido/Mudado pela Renata*
Muito obrigada, minha grande amiga!
Beijos
Boa Semana!
Renata
Olá, Graça!
Passei por aqui, para te desejar uma excelente semana!
Beijinhos
Gil
deixa os comentarios abertos... não es obrigada a retribuir...
abrazo serrano
Oi, Graça*
Vou contar-lhe uma novidade!!!!
A gripe se apaixonou por mim* Grudou de novo* Fixação!
*****
Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá.
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.
Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.
Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá !
Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá !
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová !
Pela lança ensangüentado
Da flor do maracujá !
Por tudo que o céu revela !
Por tudo que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está !!..
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá !
Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!
A Flor do Maracujá
Fagundes Varela*
+ Beijos
Renata*
O Blog azul está aberto para comentários************************
O seu Bom Dia válido para sempre*
Não precisa ir, ok? Era só pra avisar que eu vou ter + 1 *nervites*
MINHA QUERIDA GRAÇA,
Começo por pedir desculpa pela minha ausência... mas, foram dias
extremamente dificieis para mim e sempre com os nervos à flor da pele.
Aqui estou novamente para visitar,ler e deliciar-me com a tua belissima criatividade.
Beijinhos.
Maria Valadas
Também sei. Neste palco onde sempre há um verdadeiro espetáculo*
****
Clara como a luz do sol
Clareira luminosa
Nessa escuridão
Bela como a luz da lua
Estrela do oriente
Nesses mares do sul
Clareira azul no céu
Na paisagem
Será magia, miragem, milagre
Será mistério...
Prateando horizontes
Brilham rios, fontes
Numa cascata de luz
No espelho dessas águas
Vejo a face luminosa do amor
As ondas vão e vem
E vão e são como o tempo...
Luz do divinal querer
Seria uma sereia
Ou seria só
Delírio tropical, fantasia
Ou será, um sonho de criança
Sob o sol da manhã...
***
Beijos, Graça*
Bom Hoje*************************
Rê
Lindo lugar, este, Graça...
Já conheci um lugar assim. Também dentro de mim. Mas algumas vezes parece que faz tanto tempo que não o visito que esqueci o caminho...
Uma pena seus novos posts não permitirem comentários...
Beijos!
*E por falar em saudade onde anda você?
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você?*
Graça amiga*
Beijos********
Rê
Querida, aquele teu intervalo é qualquer coisa de lindo!!
Abre os comentários :(.
Um magnífico beijo, em ti, do teu Paulo.
PJB
Linda aquela foto la de cima.
Bom fim de semana.
beijinhos
Querida Graça
Na quietude das pedras, erguem-se gritos vibrantes, que saem de dentro de nós, num harmónico e uníssono sentir, que se manifesta nas nossas emoções.
Gostei muito!
Beijinhos e bom fim de semana!
Gil
"Sei de um lugar onde se acendem palavras de harmonia, simbolicamente esgotadas, na tempestade que se inventa em intervalos de nada."
Espero que encontres e preserves esse lugar.
Querida Graça, bom fim de semana.
Um beijo.
Minha querida,
Um prazer reler as tuas teatrices... e o imenso orgulho que tenho em ti.
Mas neste dia, venho oferecer- te uma flor como simbolo da nossa amizade.
Beijinhos.
Maria
Enviar um comentário