Ensaio oferecido...

(foto de GMV)


Procuro a força nesta imensidão telúrica!

Oiço as vozes que ecoam no silêncio que persiste, na brisa que baila entre o verde murmurante.
Na vastidão da terra solto o Outro que em mim se guarda...

- É o monte! – grito.
É o monte. Sinestesia do espírito: não é o monte, sou eu!

10 comentários:

Branca disse...

Graça,

Fico sempre deslumbrada com o que escreves e isto não é um simples elogio, não sou propensa a fazê-los de ânimo leve. Penso adivinhar quando imagino que a área que lecionas é Português, mas uma coisa é ter conhecimentos tácnicos, é ser crítico, outra coisa é a arte, a criatividade, a inteligência interpretativa de nós, da vida e da natureza e tu conjugas tudo isso e até uma psicologia profunda, associada a uma enorme lucidez do que é o ser humano.
Jà andei às voltas pelo Intemporal porque não conseguia estar calada perante o teu comentário, mas também não queria usar o espaço do Paulo para te dizer como fiquei impressionada com o que escreveste, seguido do poema de Alberto Caeiro, que tão bem encaixaste ali. Tens sempre as respostas mais acertadas nos momentos exactos.
E com isso nem imaginas a quantas pessoas fizeste bem hoje...!
Obrigada Graça.
Vim até aqui para to dizer e encontrei outro belo momento nesta imensidão de verde entre luz e sombra. Parabéns também ao fotógrafo.
Beijinhos
Branca

Branca disse...

Srª professora,

emendo tâcnicos para técnicos, a idade já não perdoa noitadas :)!
Beijinhos

O Profeta disse...

A terra adormece no nevoeiro
Tenho a pressa do vento
Um coração errante procura
A doçura de terno momento

Frágil e palpitante luz
A beleza voa com a manhã
O mar solta na terra ternos murmúrios
Perde-se na espuma toda a palavra vã


Dança comigo ao som da Lira


Boa semana


Mágico beijo

Anónimo disse...

Querida Graça...
Este EU que existe dentro de você e de cada um de nós deveras é um monte... um monte alto, imenso, gigante... Que precisa de forças d e outrem pra continuar...
Do Verde das árvores, do meigo sussurrar das árvores e do doce orvalho de inverno...

Este sim somos nós! Seres humanos que enxergamos sem pudor as maravilhas que nos rodeiam!...

Beijos...

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isabel mendes ferreira disse...

vim. buscar todo o ensaio do mundo. onde a beleza é um palco intenso.


sento-me.


respouso.



e parto.


mais sentidamente.


obrigada Graça. pelo muito que me dá.

Anónimo disse...

O Monte, por ser monte, olha-nos de cima a baixo... diz que nos conhece e fala com tanto à vontade que deve ser verdade... Depois,faz rolar ecos de gargalhadas que esvoaçam pelas veredas... que beijam as giestas, que se enamoram do melro... Às vezes, o Monte não é o monte és tu, sou eu... Gosto do teu Monte!

Beijinhos

Anónimo disse...

Bom, aos anos que não ouvia esta música! E lembrei-me dessa tua liberdade quando gritas o que te vai na alma.

Beijo enorme, minha querida

PJB

RENATA CORDEIRO disse...

O contato com a natureza faz sair de nós o que de mais profundo temos. Muito bonito o seu texto.
Aparece no meu canto hj, thá novidades no Gótico.
Beijos, Graça,
Renata

Nilson Barcelli disse...

Saber olhar é uma virtude de alguns.
E tu, que olhas o monte e te vês por dentro, tens a força inesgotável da vontade a correr-te nas veias.
A excelência do texto é inquestionável.
Beijo.

f@ disse...

Olá Graça,

A força dos verdes campos prolongamento de raízes … ruídos do tempo sons e silêncio comovem a brisa… e baila a tua voz nas palavras que gritas….
Palco imenso para ensaio geral é o monte…

Beijinhos das nuvens