Nem sempre é fácil falar dos dias. Mesmo nos mais solarengos, gravam-se as sombras nos nossos pensamentos, ou nos meus, apenas!
Se o Mundo é um palco, tudo o que dizemos e pensamos são TEATRICES...
Nem sempre é fácil falar dos dias. Mesmo nos mais solarengos, gravam-se as sombras nos nossos pensamentos, ou nos meus, apenas!
Os dias nunca se repetem. Qualquer pensamento em contrário, qualquer aforismo maior ou menor que contradiga a afirmação, ser-me-á completamente indiferente.
Veja-se o caso das comemorações, das lembranças dos dias felizes. Alguns, na eterna repetição de calendário, já são apenas tristes, ou muito tristes. As gargalhadas não se repetem, os silêncios não serão mais ouvidos, as partilhas, as noites em claro, as representações, os ensaios... Nada nunca mais será igual.
Vem todo este arrazoado a propósito do dia onze de setembro. No ano transato, nesse mesmo dia, perdi a minha amiga Ana. Ainda hoje lhe ouço a voz... Ainda a choro de mansinho.
Os dias não se repetem, nem as lágrimas, sempre renovadas, nem as águas que correm no meu rio.
Nunca!