(a minha escola primária)
Todos os dias nos confrontamos com esse acto extraordinário de julgar. Julgamos sem o púlpito da justiça, apesar do próprio também não ser digno de muita altura.
Julgamos pelo ar, pelo não ar, pelo peso, pela leveza, pela roupa, pela falta dela, pela cor, por não se ser cromático, por isto e por aquilo.
Todos os dias somos confrontados com o julgamento dos outros, ou de nós, nem sei. E, curiosamente, nada nos faz parar. Esta estranha forma de ser, que nos obriga a olhar sempre para o outro, sempre à procura de um pequeno senão, de um desvio oblíquo, condescende com os espelhos. Esses que nos torturam os dias.
Neste palco, nada se sabe de leis, despachos, decretos, adendas e afins. É um palco "ajusto", se é que isso existe, no sentido contrário ao homónimo. Por aqui, encenam-se as verdades, ou nem isso. Encena-se apenas, sem cúmulo jurídico, ou trânsito em julgado (seja lá isso o que for).
Todo este pérfido ensaio, para dizer que julgo que a minha primeira Escola está como eu a deixei. Julgo que não quer crescer!