Ensaio para empatar...


O meu palco anda perdido... no eterno adiar da vontade. Preencho, então, o vazio com outras palavras, também minhas, mas longe, muito longe de qualquer palco.


Chegarei...

Sei de um lugar longínquo
Onde os dias renascem,
Dissipando a espuma das noites
No rebentar do sonho.

Sobre os trilhos sinuosos da floresta,
Dançam silfos desenhados no ar.
Cingem regatos bem-aventurados,
Num desejo veemente
Que antecipa o eterno reencontro.

Cruzarei o fogo encantado,
Chama viva de sentimentos por escrever…
Devorarei todas as cinzas da teimosa Fénix,
Para que as palavras se renovem
À minha chegada.

Irei!

Espera-me, no lugar de sempre!
Onde a poesia nos protegerá
Do esquecimento dos deuses.